justificável

Posted by Fabrício Persa on 31 outubro, 2007
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Você poderia me justificar da melhor forma que quisesse, sem parecer falso ou artificial, sem dar nos nervos uma explosão contagiante de agonia exercida em pleno rancor e cólera.
E eu somente te explico o lado cujo me parece verdade, em que nada na minha mente se confundiu, no qual todos se emanciparam diante do nosso destino, sem um vínculo, sem um traço marcante, destrinçado pela inocência, indecência de um momento a sós, o qual não teve prerrogativas, porquês e bla, bla, blás .

Eu me pego, me desapego, na cama, enrolado, torturado de meras lembranças e reclamações.
De tempos que blasfemaram adeus
De monótonos instantes de discussões
De satisfatórios segundos de puberdade astral, brincadeiras com intenções desprezíveis, aplausíveis!

E me lembrei da nossa respiração em processo idêntico de entrada e saída de ar, em conjurações tão bem justificadas de sublimidade, de trocas gostosas, de beijos eternos.
Nos quais eu te engrandecia de olhos fechados, entertido em pensamentos, por longos e largos laços que me ligavam a ti cheios de ternura, mesmo sem você me achar com justificativas para os seus passos.

Porém, o que passa despercebido, sem isso, nem aquilo.
É que nem tudo precisa ser sentido, lógica, fórmula, por que é assim que tem de ser, acontecer, se envolver.
E me sinto como algo injustificável no sequinte mérito que tu fostes ontem
E você, descendente do acaso, auto explica-se o meu sofrer.

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Fabrício Persan

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!