Novas Determinações
Meu controle remoto está danificado
E deixou de possuir a ordem necessária em mim.
Tudo toma rumo próprio e independente
Eu balbucio comandos mentais. Inutilmente
A aparelhagem dos sentimentos se desgovernou
Parafusos de ousadia batem-se num barulho interno
E um transtorno instala-se na essência.
Os fatos numa desordem envolvente e suspeita.
Despido e uso palavras
Vou tragar saborosamente as novas vivências.
Desconfio dos olhares, das putas
E pulo num pé só a amarelinha empírica
Detenho-me da minha fome de juventude
Bato de frente na hiprocisia e
Uma lei sanciona a linha em desalinho certeira no buraco da agulha:
A de viver e não se arrepender.
E somente uma única invariável
O controle mesmo que imprestável
Deixou de resíduo emprestado
A desordem desplugada
A desordem desplugada
- Os meus canais são terminantemente obrigados a mudar
de um para outro que há logo em seguida.
de um para outro que há logo em seguida.
Invariavelmente.
Fabrício Persan