Sem Remorsos

Posted by Fabrício Persa on 21 janeiro, 2008
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Tudo o que é meu torna-te teu
A partir do segundo em que se existam
Entre nós.
No burburinho da chuva
Soltamos a vos num grito estrondante.


O que nos assalta?
Na mata, em casa, na praça
Contida numa ladainha diária e insatisfeita
Esconde-se o medo
O receiar processual das nossas relações
O prêmio ainda não tão bem avaliado da entrega
A conquista sagaz e fulgaz que deixamos escapar
E a insolação ardente da necessidade
Inconcretizada funda-se.
E ele vive na escuridão
E nada mais é do que o que deixamos ele ser.
O cavalo passa e não vira estátua
Galopando sem retorno enlaçado com o tempo.


Fabrício Persan
  1. obrigada pelo comentário, Fabricio, seja sempre bem vindo.

    beijo

  1. Fabrício,

    valeu pela visita e pelo link do depósito.

    gostei do nome do seu blog - acho a vertigem algo muito necessário na vida =)

    gostei do poema também, é fluído e embora me tenha evocado várias imagens desconexas ficou com a sensação de um instante flagrado já fugindo...

    beijo!

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!