Instantes de Pensares II

Posted by Fabrício Persa on 20 dezembro, 2008
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Meus pulmões sempre foram meus eternos rivais. Quando eles entupiam, eu pedia vida e vento. E sempre o foram inadaptável às estações climatescas, nunca entendi qual a inter-relação problemática deles com o inverno, com as chuvas, com o frio a me sapecar de mazelas.
Danava a respirar os ares artificiais, rangia de agonia pelo estado de falta, fazendo-me um hipocondríaco em potencial quando criança, coisa que realmente aconteceu. Recuso todas as dores, todas as incomodações, inflamações, do meu corpo, refugia-mo nos comprimidos e xaropes. Quero bem. Quero respirar bem.

Hoje eu os trato vingativamente, cansei de sofrer por causa deles.

Instantes de pensares I

Posted by Fabrício Persa on 19 dezembro, 2008
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O solo só nascia escorregadio a fazer danças nos corpos de quem a pisava. Todos, sem excessão, pertenciam ao gingado da vida, penar surgia com os ouvidos, pela esmagadora maioria de não serem muito aptos a escutar os passos de crioulo torto, em meio a porradas de chibatadas, entortando suas verticalidades em prol do equilíbrio. E assim era a vida. Assim a vida se desmonta num amontoado de cipós barrufados pelo vento em retorno à linearidade.

Caminhar pelo vento, desvia e faz si descobrir. A liberdade então, encontra seu espaço de inundação.