justificável

Posted by Fabrício Persa on 31 outubro, 2007
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Você poderia me justificar da melhor forma que quisesse, sem parecer falso ou artificial, sem dar nos nervos uma explosão contagiante de agonia exercida em pleno rancor e cólera.
E eu somente te explico o lado cujo me parece verdade, em que nada na minha mente se confundiu, no qual todos se emanciparam diante do nosso destino, sem um vínculo, sem um traço marcante, destrinçado pela inocência, indecência de um momento a sós, o qual não teve prerrogativas, porquês e bla, bla, blás .

Eu me pego, me desapego, na cama, enrolado, torturado de meras lembranças e reclamações.
De tempos que blasfemaram adeus
De monótonos instantes de discussões
De satisfatórios segundos de puberdade astral, brincadeiras com intenções desprezíveis, aplausíveis!

E me lembrei da nossa respiração em processo idêntico de entrada e saída de ar, em conjurações tão bem justificadas de sublimidade, de trocas gostosas, de beijos eternos.
Nos quais eu te engrandecia de olhos fechados, entertido em pensamentos, por longos e largos laços que me ligavam a ti cheios de ternura, mesmo sem você me achar com justificativas para os seus passos.

Porém, o que passa despercebido, sem isso, nem aquilo.
É que nem tudo precisa ser sentido, lógica, fórmula, por que é assim que tem de ser, acontecer, se envolver.
E me sinto como algo injustificável no sequinte mérito que tu fostes ontem
E você, descendente do acaso, auto explica-se o meu sofrer.

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Fabrício Persan

Posted by Fabrício Persa on 17 outubro, 2007
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Pelo quintal acimentado
Vemos o céu por um buraco
E nada mais se torna
Do que nuvens escassas por cima de mim
E elas me seguem pelo corredor adentro
Articulando tempestades e furacões
Esbravejando num tilintar invisível
Gotas estranhas e incomuns de confunsão


Desanuviando a mente, o peito e os dedos
Dou de cara com a rua
Caminhando por um andar parado
Sem contestações
E piso em falso
E velho é o asfalto
E me contento de solidão
Esquece-se das tormentas
Das angústias e preucupações
Dos auês e alucinações
Realidades e paralisação


O céu é maior desta vez
Cresceu abruptamente sem se perceber
E as nuvens se derramam
Se subordinam aos meus sentimentos
E com todo poder
Refaço-me nas entranhas
E um rebuliço inquieto
Desnuda-me em selvagem transformação



Fabrício Persan

Diante de mim

Posted by Fabrício Persa on 12 outubro, 2007
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Perceba-se diante de mim
Como alguém que tritura nozes
E espirra em tempos de alergia
Corta as unhas quando grandes
Retira as cutículas se necessário
Dança ao redor da música
Come farofa de ovo frito
E bebe o pingar do filtro
Nada além de mim.
Dos pés descalços e sorrisos

Num choque sem mais nem menos
Da simplicidade ao andar afoita
Comigo
À procura de se espalhar
Confundimo-nos.

E tudo se tornou de igual sutileza

Das mais belas rodas de samba
Gingados de nega e toques de tambor
É tudo tão completado com o pouco
Que este chega ser até demais
A ponto de sermos distribuidores
Da real e sensual qualidade
De tudo que se tens de ser
Diante de mim


- Fabrício Persan

Sendo o que Somos

Posted by Fabrício Persa on 10 outubro, 2007
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Quando fui intimado a entrar no meu bate papo virtual particular, me deparo depois de minutos com um ajutamento de palavras afetuosas que me beliscaram de surpresa pelo destino do inesperado, no qual comecei a chorar, a soluçar, a não saber responder, a agradecer, a tentar me segurar.

Eu só sei que foi uma reunião de amores e outros acontecimentos consecutivos de imprevisibilidades, gostosas, contempladas em risos e declarações.
E aí como diz Tita, após esses momentos, dá vontade de sentar no Colo de Deus.
E como diz Say, o querer é tão somente e simplesmente o de segurar na barra da saia Dele pra todo e sempre .


E quem me garante que ele não use saia ???
[A Saia é figura humana na tentativa de tentar concretizar algo no qual seguer imaginávamos do Sobre-humano !]
E é a barra da saia que nós queremos !



Rentabilidades de emoções, saudades, inexplicabilidades de grandezas.
Funções cardiológicas aumentadas

Fugitivos que somos do "Olhos nos Olhos"

Medrosos que somos no esconderijo digital.

Contos de parecidos.

Posted by Fabrício Persa on 15 setembro, 2007
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E uma nova vida logo logo há de surgir, de acontecer !
Vai ser uma nova maneira de viver, com experiências inéditas até então, num ambiente desambientalizado por mim até agora, mas só por enquanto... e eu pensei q não tivesse, aonde estou, afetos tão sublimes, pessoas tão profundamente cultivadas e cativantes na minha essência, seguer podia supor calcular o quanto essa despedida me doeria, me compartimentaria em pedaços múltiplos da minha complementação. São afetos de anos, alguns de anos perdidos, achados agora em messes, por se fazerem arraigados naquilo que ja poderia ter sido, mas que fizeram questão se fortificarem agora, para mais uma vez, me fazer sofrer de saudades, saudades de querer mais, de aproveitar o tempo sumido de outrora.
Mas nada disso me entristece!
A saudade, como a lembrança forte e marcante, a vontade de estar perto, se bem mais perto, nada tem a ver com a tristeza e a melancolia, afinal de contas, como já dito, uma nova fase se inaugura em breves minutos do meu amanhã, e tenho que aproveitar as boas oportunidades que me são reservadas. E no desejo da despedida contínua, todo encontro é tido como o último, e por isso deveras forte, marcante, intenso em palavras e fluídos, anatomia da beleza trancedental em forma de saudações, apelações de multiplicação. Assim sendo, a porta-bandeira da minha passarela interna parece sempre se distanciar após um breve tchau, por que tudo vai se parecendo longe com a contagem regressiva das horas insistentes, imprudentes com relação aos nossos desejos, anseios !

E a despedida esta sendo tão marcante nessa minha época da vida, que recebi convites outros, de despedidas... pode uma coisa dessas?!
Susto! Custo! Embaralho de idéias!
Desta forma, além de despedir dos que eu amo sinceramente, dos que me querem e eu quero simultaneamente, ainda por cima, tenho que se despedir de mim ! Agora imagine aí se é fácil se despedir de você próprio?! Pois então, assim me encontro, numa boca de sinuca, num beco sem saída, num retalho para emendas !
Sem maiores esclarecimentos, tenho que me despedir. Dar adeus a certos vícios mentais, a certas condiçes impostas inconcientemente, a certos desregramentos dignos e salutares da Vida. Dispensar pensamentos. Nada fácil de se jogar fora, coisa gradativa. E que assim seja nessa depedida mais que difícil, árdua, com suores mentais e melindrosas. Tudo para o meu bem !

E eu francamente acabo de achar que o Sábio da Vida é empacotador do supermercado do amor!
Ele adora empacotar coisas parecidas em mesmos sacos, em mesmas aflições (ou será que nós próprios somos os empacatadores?), e deixar pra que todos os problemas sejam resolvidos de igual hora, que todas as tentações venham de igual momento para nosso teste habitual nas avaliações da existência e, como eu mesmo posso assinalar, empacotando despedidas no mesmo saco, para que seja tudo de vez, sem pontos de reticências !
E somos todos farinhas do mesmo saco e nada é tão fácil.

Contos da vida, página assinalada: Despedidas.
Outras diversas hão de vir. Tudo empacotado, sem opção!

Gênese

Posted by Fabrício Persa on 11 julho, 2007
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Na minha história, que é uma parte da história da Humanidade.... me pego e me belisco... pensando na vida, na música, no caso.... já que o acaso não existe... nas possibilidades e fatalidades, no fato de amar e não ser amado que chega na simples utilidade da Vida.
E dentre tantos pensamentos e intermináveis vontades, resolvi pôr a tona o meu pensar, as minhas palavras... as manifestações do meu eu literário, artístico... ou qualquer que ele seja...
E desta forma, atravês das várias vertigens q somos acometidos diariamente, quando damos de cara nos noticiados, passado tristonho, fatos de lacrimejar, assombrar, baixar a pressão e desmaiar! Sem exageros. É tanta loucura e assombrosidades que paramos várias vezes a ponto de perguntarmos aonde vivemos realmente, e qual será nossa função verdadeira nesse tal ambiente não domesticado.
E como toda vida e todo caso, é feita e tem na sua essência a ainda contradição humana, palavras do nobre Machado de Assis, noutras vezes, temos vertigens de alegria tremenda, quando alcançamos algo tão almejado, esperado e não nos controlamos, exemplificando, ou mesmo quando se quer chamar aquela atençãozinha (rs), e então, pimba! Tem coisa melhor do que fingir um desmaio para ser o centro das atenções ?! Se bem que, não vejo tanta coisa positiva numa vertigem, por que naum enxergo muita coisa boa no incidente de falta de oxigênio no cérebro, cujo é a causa física desta. Mas não se preucupe, aki não terá coisas desagradáveis ! Apenas pequenas leituras de chamar a atenção ou até mesmo, porque não, emoção positiva insegurável de tanta beleza! (rs...)
Entretanto, o texto não se trata de um estudo da vertigem, mas para elucidar o nobre leitor sobre a origem do título do blog e que a palavra em si não deixa de ser forte e muy guapa !

Eu só não entendo uma coisa, porquê temos de escrever para sermos melhores?

Hum... talvêz para que agente se conheça mais..., porém, vou exatamente continuar a escrever até obter uma resposta digna, e como buscamos a nossa consciência limpa e percebendo ser a escrita parte integrante dessa higiene interior então que assim tenha continuidade. Martirizo-me quando as idéias circulam em mim e não encontram um lugar para "estacionar", impregnadas de falta de função.
E como uma parte da história da Humanidade, espero efetivamente ter um bom espaço nela. Espaço de dignidade, de respeitabilidade e bondade. Lugar onde a vertigem da certeza do bem, ocorrerá com todos e as palavras dominem! (rs)
As idéias necessitam se concretizar!

Dias e noites se passam.....