Posted by Fabrício Persa on 30 agosto, 2013
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Ares de fogo

Posted by Fabrício Persa on 04 agosto, 2013
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Passou como um clipe desconexo
deixando suas imagens no fundo da memória
Pendurou o seu amor na corda das intenções
logo, estendi o meu também
À espera do sol, deixo-o secar
pus amaciante e o varal até hoje
divide-nos.

Eu vejo como quem olha por dentro
procurando, arranjando, matutando
formas de lhe tirar da mente e te trazer à frente
Afim de te tocar, apontar belezas, devorar.

Sem delongas e subterfúgios
eu respondo aos impulsos
E nada mais sou que o ar
a soprar o fogo querendo combustão
A vida segue em fluxo magnético
traço meu magma criando chão
Vou como vento que me leva contigo
Vais, e já não é só mais.

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Posted by Fabrício Persa on 30 junho, 2013
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Cabe aos dias a aurora
Cabe aos homens a paz
ausente nos dias
Cabem em nós a beleza
extinta e rara
a que nos sai
e a que nos vem

Pedaços de seda

Posted by Fabrício Persa on 28 junho, 2013
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O muro alto da sua cultura
deixa-me a léguas de distância
Sou o teu estranho
Você é meu estranho
Dois desconhecidos
numa mesma epopéia
a vagar pelo mundo
atrás do amor
Encurtou-se os quilômetros
encontro rígido
feito parede
Ceder é ser seda
tecido liso que se molda
no corpo e pede tato, ato
o dedo da sorte
o sopro da ânsia
Quebrados feito os de Berlim
por terra estão os tijolos
os cacos derrubados de
barro e cimento
Caimos de braços abertos
nos colos conjuntos
O abraço suaviza
e despedaça.


22.03.2013


*começo a achar que a minha poesia é um pouco profética. pareço ser uma caverna com um eco que não tem fim...
Ilustração:  Redmer Hoekstra

óbviamente

Posted by Fabrício Persa on 23 junho, 2013
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O mundo está cheio de obviedades
A gente fala com ou sem consentimento
O óbvio está na aproximação
Caminho feito pela atração
A transa cósmica
O sábio do acaso
que de acaso não tem nada
É o acontecimento infalível
claro ou obscuro
disfarçado ou não
O acaso é o caso certo
o filho do desejo
pai da procura
Somos todos um caso
conectados
Faz assim então:
O acaso vem do coração
Traz um lápis e uma régua
e mede a tua força
no que pensa
O alvo mirado e atirado
no comprimento do teu tempo
veja o
óbvio
ao seu redor
O alvo, é alvinho
quase transparente
óbvia-mente.


13.03.2013