Pedaços de seda
O muro alto da sua cultura
deixa-me a léguas de distância
Sou o teu estranho
Você é meu estranho
Dois desconhecidos
numa mesma epopéia
a vagar pelo mundo
atrás do amor
Encurtou-se os quilômetros
encontro rígido
feito parede
Ceder é ser seda
tecido liso que se molda
no corpo e pede tato, ato
o dedo da sorte
o sopro da ânsia
Quebrados feito os de Berlim
por terra estão os tijolos
os cacos derrubados de
barro e cimento
Caimos de braços abertos
nos colos conjuntos
O abraço suaviza
e despedaça.
22.03.2013
*começo a achar que a minha poesia é um pouco profética. pareço ser uma caverna com um eco que não tem fim...
Ilustração: Redmer Hoekstra
deixa-me a léguas de distância
Sou o teu estranho
Você é meu estranho
Dois desconhecidos
numa mesma epopéia
a vagar pelo mundo
atrás do amor
Encurtou-se os quilômetros
encontro rígido
feito parede
Ceder é ser seda
tecido liso que se molda
no corpo e pede tato, ato
o dedo da sorte
o sopro da ânsia
Quebrados feito os de Berlim
por terra estão os tijolos
os cacos derrubados de
barro e cimento
Caimos de braços abertos
nos colos conjuntos
O abraço suaviza
e despedaça.
22.03.2013
*começo a achar que a minha poesia é um pouco profética. pareço ser uma caverna com um eco que não tem fim...
Ilustração: Redmer Hoekstra