Pedaços de seda

Posted by Fabrício Persa on 28 junho, 2013
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O muro alto da sua cultura
deixa-me a léguas de distância
Sou o teu estranho
Você é meu estranho
Dois desconhecidos
numa mesma epopéia
a vagar pelo mundo
atrás do amor
Encurtou-se os quilômetros
encontro rígido
feito parede
Ceder é ser seda
tecido liso que se molda
no corpo e pede tato, ato
o dedo da sorte
o sopro da ânsia
Quebrados feito os de Berlim
por terra estão os tijolos
os cacos derrubados de
barro e cimento
Caimos de braços abertos
nos colos conjuntos
O abraço suaviza
e despedaça.


22.03.2013


*começo a achar que a minha poesia é um pouco profética. pareço ser uma caverna com um eco que não tem fim...
Ilustração:  Redmer Hoekstra

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!