Poetizalirindo...

Posted by Fabrício Persa on 16 setembro, 2008
Marcadores: | 3 vertiginosos

Estou aqui a tempos adiando a minha leitura de "Ensaio sobre a cegueira", o bendito livro reina na minha escrivaninha diante de toda a mistura de outros livros, apostilas, xerox, revistas etc, e ainda assim ele continua a pedir a minha leitura dele, o que eu farei com todo carinho e esplendor. Só preciso passar da primeira página...
Aliás, um evento de História Literária aqui na faculdade, tem me feito crer mais fortemente que a literatura é pra mim, da mesma forma que ela é para as minhas fomes verbais. Assistir a uma apresentação de estudos sobre as obras de Clarice Lispector, e como fã dela que sou, fiquei um pouco desapontado ao perceber que foi Dostoievski que a influênciou de tamanha forma a ponto de fazê-la do jeito que ela foi.
Agora, além de José Saramago, aguarda-me também Dostoievski. Não que eu queira chegar às unhas do dedinho midinhum de Clarice, mas que pelo menos ele me clareie mais as idéias e as palavras narrativas do meu eu, do eu dos outros por mim e dos eus por mim inventados.
A obra de Clarice toda também me aguarde, há muitos anos que acumulo a vontade trituradora de me fatar de "Perto do coração selvagem", "Água viva", "Laços de família", "Felicidade Clandestina" etc. Henry David Thoreau em seu tratado de desobediência civil pede-me para enfim, termina-lo.
Lembro que na escola eu tinha me encantado com as poesias modernistas de Manoel Bandeira e seu porquinho da ìndia juntamente com os seus versos loucos para Tereza, e também me encantei com a doidera de "O livro das Ignorãnças" de Manoel de Barros. Gosto das palavras e combinações frasais que fogem do entendimento passageiro ou da normalidade tediosa de outros tipos de escrita.
Maria Bethânia foi um pouco assim na minha vida... comecei a idolatra-la por perceber nela esse sentimento literário igual ao meu. Bethânia é também poesia. Ela sempre se serviu dela, da poética, para se expressar, para apresentar em versos todo um contexto musical posterior em seus shows. Ela me apresentou Fernando Pessoa, Ferreira Gullar, Wally Salomão, Sophia de Melo Brayner, dentre muitos outros.
Estar amando pra mim é isso. É poetizar ainda mais a vida.
A poesia é o melhor caminho para o meu próprio entendimento, para a minha própria tomada de rumos. Para o meu próprio poetizalirindo....

LirismO COmplicadO

Posted by Fabrício Persa on 09 setembro, 2008
Marcadores: , | 6 vertiginosos

Daquela roda de papos jogados na atmosfera
Eu inventava o meu lirismo dos loucos
Internamente
Imperceptível às mais engajadas atenções
Intempestiva de explodir
palavras, casas, ações.
Talvez eu seja a poesia que você ache chata
Talvez eu seja também a prosa que tens prequiça de ler
Talvez não seja nada disso
Tavez seja o melhor de tudo isto
Eu me incomodo pelas
próprias construções frasais, mentais
de me perceber à distância
dos demais
Talvez eu prefira essa minha outra esfera de realidade
Talvez eu não saiba aonde encaichar minhas mãos
nas suas
durante essas horas
Dos nossos papos, só saem faíscas curtas
Tentativas de encaixes verbais
Pouca descontração, algumas taras e
Minhas vergonhas excedentes
Será que eu realmente
me quero?
Não pedirei certezas a ti
Eu mesmo as terei de mim
Para que nenhuma manobra dos sentimentos
venha e se instale
Ou talvez
Eu sempre serei essa eterna
Descomplicação do meu complicar.

Pelo que se passou e hoje é.

Posted by Fabrício Persa on 07 setembro, 2008
Marcadores: | 4 vertiginosos

São das esperas que aparecem as oportunidades dos sonhos sonhados.
È dessa espera que depois agente cuida com muito carinho, cuidado, trato, aquilo que já se veio.
Eu estou pensando em nunca mais te esquecer.

Antes... :

O sábado de uma semana atrás foi de visitas quase surpresas, surpreendidas. Foi do vento que trouxe meus pais até mim. De rever aquela que me pariu. Bem mais que isso. Daquela que me resume, que me dá voz de sustentação, daquela matriarca a qual dou a minha vida, minha respiração e dou todas as minhas saudades acumuladas pelas horas. Cheirei minha mãe tanto que até agora guardo o cheiro dela para o reforço das lembranças, e agora me emociono enquanto escrevo pensando nela, na cara dela linda de sono, por essas horas noturnas que rascunho por aqui o meu grande e tanto amor por ela.

O sábado passado também me trouxe o pai que um dia me gerou enquanto espermatozóide e que hoje, mesmo depois de muitas brigas, acirrações, confunsões e medos, faz-me amo-lo muito também. Sei que minha vida sem ele não teria as mesmas graças e surpresas, as mesmas novidades e tentativas. É sempre complicado tê-lo ao meu lado, o diálogo se constroi empurrado pela barriga, os assuntos se repetem, porém são nesses momentos que há a nossa aproximação aos poucos e que surge fortemente a vontade de beija-lhe a recente carequice, as mãos de tantos carinho que já dele recebi. Pai de aprendizados.

O sábado trouxe aquele também o qual convivi amorosamente sempre. Entre beijos, abraços e futucações de carocinhos nos braços. O rapaz que é quatro anos mais novo e nem por isso deixa de ter mais de 20 centímetros a mais que eu. O irmão que tenho como companheiro para os futuros, que será meu cuidado de sempre, que hoje já me faz construir novos caminhos de conversas e risos com ele. As crianças crescem...

O sábado que chorei ao me despedir. Que praticamente implorei aos deuses por não me privar tanto tempo de tê-los novamente comigo.


Depois... :

Foi desse dia que desencadeou uma reconciliação, uma chuva de sentimentos palavreados e entendimentos de corpos inquietos.


Depois... :

Semana cheia, projetos novos, novo data comemorativa no meu calendário.
Dias seguidos sem dormir pela indisciplina, tudo em prol da criação. Novo planos. Muito querer e pouco tempo. Situações novas... e põem novas nisso:
"Preso pela reitoria de uma universidade pública"

Hoje me chamam de "preso político", "escrava Isaura", "refém de Abel" (o reitor)... e daí outras piadas. Fui vítima de sequestro, cárcere privado e tive anulado meu direito cidadão de ir e vir em um lugar público. Coisas de movimento estudantil em marcha do que lhe é de direito contra os hipócritas burgueses que se acham donos de uma instituição pública de ensino.
Indignações a parte...


Depois... :

Novos sonos em conjuntos, novos sonhos de medos e maluquices.
Outro sábado de sorrisos, declarações, amigos, tarô, whisky, música e sinceridades escapadas.
E o tempo passa arrastado só pra eu ficar do seu lado.
E uma nova semana é estreada daqui a pouco.
Já com saudades da minha espera chegada.
Novas saudades. Saudades velhas.



Posted by Fabrício Persa on 02 setembro, 2008
Marcadores: | 6 vertiginosos


"HOje meu dia foi tão corridO com as pernas, contra o Sr. Tempo. MAs tão unidirecional, estático em um só ponto de contemplação: Você.

Seu rosto, seu corpo, suas expressões, seu cheiro, sua mãos.
Todo o pensamento que me aproximou mais ainda da onde eu queria estar: ao seu ladO.

A sua mensagem da manhã... ressoa tanto em minha mente. Tudo isso porque te quero além do que presumes !"



"a hora da partida é a mesma da hora da chegada.

o coração sempre entra em um processo de gula constante para que o tempo, esse bendito inimigO, possa se arrastar numa demora que não crie distâncias.


MaravilhOso sentir seu cheiro, ouvir sua respiração, tocar em você nas nossas horas, encouraçadOs nos seus agasalhOs.

Eu só peço ao Senhor do Tempo e da Piedade

Para que se compadeçam de mim

E me dispa da saudade."





Essas têm sido as minhas palavras de ultimamente.
Escrevo a alguém que só eu sei o seu nome mais secreto.
Escrevo porque isso é uma extensão dos meus sentidOs.


Preciso falar mais alguma coisa... ? rs...

;D