em se ser

Posted by Fabrício Persa on 30 maio, 2010
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O que mais tem tomado meus pensamentos, de alguns dias pra cá, é o fato de o ano estar descontroladamente (até mesmo para deus) passando rápido, depressa. E o fim de maio faz com que toda essa minha reflexão revele-se, pelo menos a mim, fato incontestável.
Ser um pouco mais de mim tem sido uma experiência de tirar o fôlego, uma atividade que vai se tornando natural com o passar das tentativas. Não é fácil querer ser autêntico, isso demanda tempo depois que se deixa de ser criança e vai se virando em algo crescido, com pelôs e teimosias. Em tudo isto, está os anos que obriga a gente a crescer, e juro que alcançar a maioridade com sabedoria é algo para raros, esperteza de se contar nos dedos.
Descobri à pouco, mas com muitos meses acumulados de conflitos frequentes, que aonde estou não é aonde quero estar. O mundo da subjetividade tem me feito ficar cada vez mais encantado, e quanto mais longe estar da objetividade jornalística melhor. Sabe músicas, poesias, teatro, pinturas, idéias? É o que quero. Mas a escrita também sempre me chama mais forte. Se eu puder, só vou escrever nessa vida.

Qualquer dia desses eu me explodo de tantas vontades espalhadas pelos cantos de minha alma.  São vontades boas, de me fazer em melhor do que já sou. E olha que ainda não sou não. Só pretendo ser.

Posted by Fabrício Persa on 20 maio, 2010
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  • Paulo Leminski

samba de praia

Posted by Fabrício Persa on 05 maio, 2010
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Ser depois de vir do mar,
É tarefa de arrebentar o juízo.
Inadequado dentro do que seria conveniente,
Dentro do sereno samba resido.
Debruçar sobre o nada.
E ao amanhecer, sentir florescer,
O doce jardim de ondas verdejantes.
O 'discarado' flutua solitário,
Visto que do raso abrange.
Como podes na grande barra da imensidão do mar,
Trazer a saudade em seu cantarolar?
Aqui é terra de gente escondida.
Em meio a rede, areia, água e sal,
No mais é doce.
Subtrair o concreto é escapar do vazio.

Chacoalha, chacoalha.

E na metáfora da viagem sem volta,
Insaciável ser inacessível.
Mas deixo o meu samba,
Como semente para evolução.
Sutil, ela sobe em mim,
E me toma como tua, o mar.


Éramos três sorrisos em meio a Barra Grande, na Península de Maraú, envoltos de mar, areia, ovinho sonoro, muita samba pelo caminho, murissocas e pela felicidade. Dias maravilhosos que resultou no meu bem-estar, no meu sentir melhor, nas boas lembranças que hora torno a viver novamente. Poema escrito por mim, Daniele desbandada e Renara - o ar que nos deixa contentes.

sendo mato

Posted by Fabrício Persa on 01 maio, 2010
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Por lá não encontrei as fadas
ainda, pois só a ida
é incapaz de iniciar-me

Quando corri da precária
civilização
pouco me foi lixado

Joguei bombas no terrorismo
deles, que fiquem pedaços
O inteiro deles não é o meu real

Levei-me a me apresentar ao
mstério, a cor-natureza
de total primavera, soberana

Tropecei, precoce para a maioria
e normal aos iniciantes
É cambaleante a grandeza

Começo a conhecer as folhas
a me aprochegar ao
colo delas e pedir moradia

Deixem que tudo floresça
para despertar os homens
para abocanhar os homens

para mastigar as oportunidades
de quem as tiveram
e cuspiram, insalubres mandatários

Aos de cérebro de camarão
infectados da obediência
libertai-vos da clausura do ego

Todos
somos signos e alvoradas em
_________________________transmutação.

08/08/09