Ele dissertando em terras do Velho Chico

Posted by Fabrício Persa on 31 maio, 2008
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"Ele ouvia murmúrios mil de vários encontros, situações, discussões, personalidades únicas, dos outroras da vida, surgidas somente nesses encontros do movimento estudantil, no caso dele, especificamente a daquela área de loucos varridos, em que metade quer revolucionar o mundo, a outra quase metade quer ir para o Globo, MTV e alta sociedade, e que somente alguns poucos por centos, conseguem viver a contradição tão humana e presente de ambos os casos.

Ele esperava por maiores discussões, talvez algumas plenárias idas pelas madrugadas, mas se surpreendeu com o equilíbrio. Viu uma balança certinha, de falas e discursos de um lado, e do outro, sorrisos, festas e conversas patéticas de satisfação, algo bem posicionado e típico de um libriano, que admira a harmonia e o andamento em paralelo das coisas distintas em si interligadas.

Ele participava, ficava apertado de vontade de contrariar tudo e todos, de concordar com alguns posicionamentos e mandar todas as burocracias insuportáveis pra casa da porra, era ainda um deslumbrante recentemente desvirginado desses embates dos sotaques diferentes.

O ERECOM Juazeiro 2008 aconteceu depois das tantas preocupações e reuniões prévias para o evento, participações de toda a Regional Nordeste 1, Bahia, Sergipe e Alagoas, que juntos colaboraram na formação e construção de todo o encontro, este ano voltado para a Educomunicação no combate às opressões.

Creio que esses dois temas são abrangentes demais para um acontecimento só, coisas mil a serem discutidas, tanto da relação comunicação e educação proposta por Paulo Freire, o qual necessita de estudos e esclarecimentos maiores e mais aprofundados, para que oportunidades como essas não se escapem à formação dos participantes; quanto dos cotidianos e presentes fatos opressivos da sociedade, preconceituosa e deturpada, para com os negros, as mulheres, os de baixa renda econômica, os homossexuais, os nordestinos, as demais tribos urbanas contemporâneas, etc., os quais precisam ser avaliados, compreendidos e solucionados em conjunto, também, discussões as quais merecem longas conversas, ricas e profundas a cerca dessas atualidades ancestrais.

Já cedo, ele vê o quanto tudo isto é fundamental, principal, essencial, vital e todos os “al” que há de existir na formação de nós, comunicólogos, de nós, seres humanos. Ensaiando exaustivamente o que há de ser a Humanidade. E ele, assim como todos, quer fazer parte dessa construção."

Ele: EU

ps: Esse texto foi feito para o blog do Coletivo Enecos de COmunicação e lá já postado, sobre o Encontro Regional dos Estudantes de COmunicação que aconteceu no início de maio lá em Juazeiro, terra Do rio São Francisco. Bom, quis postar aqui tb. rs. Aí o está.

Ah.. o título foi de Mayllete Lindah ! =D estudante de produção cultural da UFBa. =D BjOOs flor

Posted by Fabrício Persa on 24 maio, 2008
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"O anarquista que há em mim se junta com o ingênuo que há em você e propõe: 'vamos fazer uma república utópica?'."
- Alex Polari



o colorido da vida, as suas mágicas e toda a graça, consiste em apenas uma coisa: Querer!

A mídia e seu picadeiro

Posted by Fabrício Persa on 22 maio, 2008
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Mais um caso foi eleito pela mídia para ser o novo circo de alcance nacional, e que de todo, serve para reflexões profundas sobre as atitudes da população e sua cultura, como também da atuação dos meios de comunicação como formadores de pensamentos e construtora cidadã da sociedade.

O fato desumanístico de matar uma criança de cinco anos, ser indefeso, sempre choca a maioria das pessoas com um pouco de sensibilidade, ainda mais quando a maltrata e a joga do alto de um prédio num ato consenso de extrema violência. Porém, o que aparenta pela atitude dos media noticiosos na cobertura desse crime, é que ele é um caso isolado na sociedade brasileira. Outros tantos feitos de brutalidade como esse sofrido por Isabella, ou ainda pior, são incontáveis e encobertos pelo mundo afora, muitos praticados pelos próprios pais, passando despercebidos pelas discussões e espaços que os meios de comunicação têm a oferecer.

Assim também como diversas ocorrências não difundidas de enorme desrespeito aos direitos de cada indivíduo, negando o isolamento do “Caso Isabella” e a similaridade deste com imediatas e próximas realidades, a exemplos, os grupos de extermínio existentes no Pará, anulando vidas, roubando terras e calando vozes como o da missionária Dorothy Stang, caso cujo assassino foi inocentado, e em Recife que hoje é a capital mais violenta do país estatisticamente comprovado, na qual iniciou no dia 30 de abril um “contador de homicídios” e que teve no seu dia inaugural o número assustador de 11 assassinatos.

São Paulo e Rio de Janeiro mais uma vez no centro da notícia, como bem articulou em texto o jornalista Vanderson Freizer ao retratar o estranhamento de em um país tão grande como o Brasil, essas capitais abarcarem e terem a maioria dos holofotes e notoriedades em seus fatos, sendo que muita coisa por aí está para ser denunciado, resolvido e discutido ética e moralmente pelos media noticiosos em prol de todo o conjunto social.

O que chama mais a atenção deste caso é o fato dele ter ocorrido no meio de um dos pertencentes da classe burguesa detentora de maiores benefícios, levando-nos a deslocar esse acontecimento para um seio menos favorecido economicamente e logo após nos indagar se teria igual repercussão (?), como o deste caso que meche na família de um conhecido advogado paulistano, Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni e avô de Isabella.

Em pronunciamento no dia 26 de abril, o presidente Luis Inácio Lula da Silva disse: “Eu fico preocupado quando a pirotecnia toma conta da investigação.”, referindo-se à exposição exagerada da morte da menina, o que de fato está acontecendo e que para isto estar ocorrendo, há uma contribuição direta de pessoas de dentro da polícia para com algumas empresas de comunicação, resultando nas matérias de “exclusividade” de alguns jornais, ou simplesmente, a exemplo, na filmagem interna da delegacia no dia em que Nardoni e Jatobá foram presos.

Casos como esse não podem apagar outros debates de igual importância e utilidade, ao contrário, devem fortificar discussões como o aprofundamento nas questões de direitos da criança e/ou como nas buscas por lugares em que o trabalho infantil ainda existe, como no sul do país em que crianças são exploradas nas plantações de tabaco em condições subumanas, abordando as soluções imediatas para que situações como essas sejam deveras abolidas. Fortalecendo as questões morais relacionadas à família e a violência, que não pode ser tratada e resolvida com ações de apedrejamentos e vandalismos como vêem ocorrendo com os espectadores do “Caso Isabella”, mas buscando resolver as problemáticas do caos atual em vista ao futuro, com uma formação mais digna, consciente e apurada de cada cidadão.

Este caso pode terminar à igualdade de diversos outros, que saem das capas dos jornais e revistas para o esquecimento e descaso nos seus trâmites finais, assim como fora os casos de Carla Cepollina, Pimenta Neves, juiz Lalau ou Suzane von Richthofen. É hora de repensar seriamente a atuação dos meios jornalísticos e suas funções benéficas para uma justiça social estabelecida em territórios brasileiros.

Pela passagem das horas

Posted by Fabrício Persa on 16 maio, 2008
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O caso é que eu me sentia contemplado a algumas horas de nuvens que já passaram, e falava, e nutria teias de irrealidades para um precipício de depois. Não tão exagerado assim.
Lido com os acontecimentos, com os fatos, com os sentimentos e relacionamentos de uma maneira estranhamente natural, parecendo até esquisito e insensível. Isso é o que mais me decepciona em mim, o fato de considerar tudo normativo. Mas por outro ângulo, vejo o quanto a vida pode andar, fluir sem maiores danos desse modo. Prefiro continuar até então.

O excesso de atividades me fazem pedir sonhos, mas sonhos de dormir, ou pesadelos infantis só para atestarem as minhas dormidas. O ruim de tudo é que na maioria das vezes não consigo me auto-enganar, é tupo fulga, sendo assim, sou um dos maiores fulgitivos que a Terra já há de ter tido. O frio aqui já se faz presente e a necessidade de ser aquecido veio junto com todo essa temperatura trêmula. Digo que não sou calmo. E esse é meu jeito, gosto de ser assim. Porém, a calmaria das quebras de ilusões me soam agora, tão banais quanto quentes dos resíduos de outrora.

Vai entender...

O Ele do Agora

Posted by Fabrício Persa on 14 maio, 2008
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Ele não sabia se comportar diante das novidades
Surpresas tão aguardadas em cenas mentais
Vínculos agora próximos em ser, acontecer, estabelecer, permanecer.

As noites de frio nunca foram tão bem vindas
As conversas nunca foram tão graciosas tanto quanto se tornam agora
Em especial
A companhia nunca foi tão pedida como a súplica acometida agora
Os sorrisos nunca foram tão bem examinados, decorados, coloridos
Como os que cercam suas reminiscências
Nunca, até agora
Seu futuro foi tão bem aguardado e
Macroscopicamente articulado pelas forças regentes do Universo

Ele se preocupa, ele tenta medir as palavras, ações, gestos, anseios.
Andando pelas travessas, salas, livros e computadores
Ele tem pensamento único
Direcional
Venham todas as certezas, todas as dúvidas de acréscimo
Podem se aproximar todas as declarações mais
Melosas
Mudas
Mansas
Melodiosas
Maliciosas
Que um dia já se propagaram pelas vozes da atmosfera
Acometa-o todas as bestialidades românticas usadas, ultrapassadas, inovadas

Nada mais importa.
Ele agora vagueia no concreto
Ritmado pelo coração.

Carpe Diem

Posted by Fabrício Persa on 13 maio, 2008
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Ao nascer você dividirá seu aniversário com 17 milhões de pessoas.
Durante 10 anos na escola terá 17 amigos.
Aos 40 anos esse número diminui pra 2.
No seu corpo crescerá em média 950 km pêlo.
Você rirá em média 18 vezes por dia.
Andará o equivalente a 3 voltas no mundo.
Comerá 30 toneladas de comida.
E terá uma oportunidade em 10 de ser eletrocutado.


Em media passará 10 anos de sua vida no trabalho,20 anos dormindo,3 anos sentando no vaso sanitário,7 meses esperando no trânsito,2 meses e 1/2 esperando no telefone,12 anos assistindo tv,19 dias procurando o controle remoto.


Após tudo isso só lhe resta 1/5 de sua vida para ser vivida.

Portanto é melhor começar logo.

carpe diem



(Plágio do perfil orkutiano do meu amigo Neto.. hauhau... Adoro esse textO !)

No transcorrer dos percursos

Posted by Fabrício Persa on 12 maio, 2008
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Em um mini-ônibus, sem bagageiro, com vinte e uma pessoas e o veículo entupido de malas, colchões e instrumentos musicais, eu viajei ! Fui em direção ao norte da Bahia, em direção a águas tão faladas, mergulhadas, banhadas e discutidas, encontrei o velho Chico, passei por Juazeiro, dei uma passadinha em Pernambuco, mais precisamente em Petrolina. Nunca vi cidades tão próximas e tão diferentes.

Reencontrei pessoas de tão cedos tratos já com finos sentimentos, fiz laços outros, contornei fios de discussões, sorrir, dancei, bebi e olhei. Olhei, olhares, alheios (adoro esse monte de "lh(s)" juntos. rs). Foi bacana, bacaninha, foi novo e eu desfrutei um pouco da minha liberdade, do meu anonimato em terras quentes, mandei tudo se explodir. Tempo de ausência no blog, ausência na minha cama, no meu quarto, no meu banheiro (senti horrores de saudades dele), em vários outras coisas conjugadas na possessividade do meu/minha. Ah, também foi tempo de muitas fotos (claroO0), muitas resenhas e identidade.

Estou aqui com textos iniciados, não sei se eles já estão nos seus meios, mas certeza tenho, de que nem ao menos no final eles chegaram. Muitas atividades, vontades, metas, muita prequiça em tudo isso, muito ritmo ainda em estado latente, eis os textos parados, as não respostas bloguísticas, os segredos meus aos demais, o progresso encaminhando-se (creio eu). Isso é chamado de O Segredo em tentativa de certeiro otimismo alcançável e em breve concretizado(s).
Também há muitos parênteses em toda essa história. Eu falo sempre em parênteses, as reticências nem precisam ser citadas porque elas se metem em absolutamente tudo porque são fundamentais ao descorrer, escorrer, correr dos acontecimentos. Eu também tenho pensado em parênteses. Algumas vezes acontecem falhas nesses pensares e sai as falas todas nas distrações, sem links.. mas isso acontece... fazer o que, né ? Nada a ser feito.. já foi, já era. Aconteceu, e pedra caída ao chão jamais retorna. È o efeito da gravidade em tudo. Sim... pq a gravidade também faz não retornar os fatos.

Será que a vida é somente uma questão de Atitude ?? Pelo que tenho reparado acho que é basicamente isso. POsso me enganar daqui a tempos, porém, o período atual me demostra isso. Ir de cara, sem medo, ousar, posicionar. Atitude me parece fácil, me parece... Também, ultimamente na atualidade (nas redundâncias cômicas. rs), estou com a mania da enfatização. Estou adorando Enfatizar tudo. Bom, não sei muito bem explicar como é essa onda surgida em mim mas é o que me faz ser de agora: o Enfático. Enfático com atitude não seria demais ?

Outra... nunca me questiono tanto quanto venha a calhar na escrita. São perguntas vergonhosas durante os atos, somem, se camuflam, não aparecem. Escrita, é igual a auto-conhecimento então.
Este é um relado de período, um cachaça automática, uma espiritualização.

Posted by Fabrício Persa on 07 maio, 2008
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Eu tenho vivido um conflito bloguístico esses tempos.
Antes, de primeira, esse blog me serviria para escrever sobre problemas mundiais, regionais que de certa forma me faziam indgnar diante de tantas coisas ruins e descasos e nisto, incluiria um espaço bem maior aqui para falar sobre movimentos sociais, pobreza, realidades crueis.

De segunda, minha indisciplina me fez mudar de rumo, dei ao VertigeM um rumo mais subjetivo. Poético, prosaico, ritmado e revelador. Outra, fora do site aonde escrevo textos mais sérios, opinativos e de assuntos mais políticos, decidi pôr aqui alguns textos recentes de análises, contextos e pesquisas...

Segurei a vontade de fazer disto aqui um diário (virtual), porque sempre tive receio, insegurança de me fazer atingir a vários ou a nenhum, e assim, não saberia o que realmente, dessas duas, seria o melhor fato a ter ocorrido. Ou seja, uma indecisão a menos para um libriano como yo.

Só sei que agora vou fazer valer a frase: "Tudo junto numa coisa só".
E vou misturar geral.
Reinventar a pangéia na minha imaginação e colar idéias
Repugnar ações e Manifestar anseios
Inventar malícias e dançar em províncias que me couber
Lugarejos do real, da utopia, da transição e disso tudo
Transbordar-me
Entre sambas, bossas, jazz e blues


Vou almoçar agora !!!!!