Contos de parecidos.

Posted by Fabrício Persa on 15 setembro, 2007
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E uma nova vida logo logo há de surgir, de acontecer !
Vai ser uma nova maneira de viver, com experiências inéditas até então, num ambiente desambientalizado por mim até agora, mas só por enquanto... e eu pensei q não tivesse, aonde estou, afetos tão sublimes, pessoas tão profundamente cultivadas e cativantes na minha essência, seguer podia supor calcular o quanto essa despedida me doeria, me compartimentaria em pedaços múltiplos da minha complementação. São afetos de anos, alguns de anos perdidos, achados agora em messes, por se fazerem arraigados naquilo que ja poderia ter sido, mas que fizeram questão se fortificarem agora, para mais uma vez, me fazer sofrer de saudades, saudades de querer mais, de aproveitar o tempo sumido de outrora.
Mas nada disso me entristece!
A saudade, como a lembrança forte e marcante, a vontade de estar perto, se bem mais perto, nada tem a ver com a tristeza e a melancolia, afinal de contas, como já dito, uma nova fase se inaugura em breves minutos do meu amanhã, e tenho que aproveitar as boas oportunidades que me são reservadas. E no desejo da despedida contínua, todo encontro é tido como o último, e por isso deveras forte, marcante, intenso em palavras e fluídos, anatomia da beleza trancedental em forma de saudações, apelações de multiplicação. Assim sendo, a porta-bandeira da minha passarela interna parece sempre se distanciar após um breve tchau, por que tudo vai se parecendo longe com a contagem regressiva das horas insistentes, imprudentes com relação aos nossos desejos, anseios !

E a despedida esta sendo tão marcante nessa minha época da vida, que recebi convites outros, de despedidas... pode uma coisa dessas?!
Susto! Custo! Embaralho de idéias!
Desta forma, além de despedir dos que eu amo sinceramente, dos que me querem e eu quero simultaneamente, ainda por cima, tenho que se despedir de mim ! Agora imagine aí se é fácil se despedir de você próprio?! Pois então, assim me encontro, numa boca de sinuca, num beco sem saída, num retalho para emendas !
Sem maiores esclarecimentos, tenho que me despedir. Dar adeus a certos vícios mentais, a certas condiçes impostas inconcientemente, a certos desregramentos dignos e salutares da Vida. Dispensar pensamentos. Nada fácil de se jogar fora, coisa gradativa. E que assim seja nessa depedida mais que difícil, árdua, com suores mentais e melindrosas. Tudo para o meu bem !

E eu francamente acabo de achar que o Sábio da Vida é empacotador do supermercado do amor!
Ele adora empacotar coisas parecidas em mesmos sacos, em mesmas aflições (ou será que nós próprios somos os empacatadores?), e deixar pra que todos os problemas sejam resolvidos de igual hora, que todas as tentações venham de igual momento para nosso teste habitual nas avaliações da existência e, como eu mesmo posso assinalar, empacotando despedidas no mesmo saco, para que seja tudo de vez, sem pontos de reticências !
E somos todos farinhas do mesmo saco e nada é tão fácil.

Contos da vida, página assinalada: Despedidas.
Outras diversas hão de vir. Tudo empacotado, sem opção!