Parabólica - do risco de viver.
O lugar de criação, após o nascimento, era um território de intensa amálgama de sentimentos e contradições, vida ao avesso, desejos sublimados, descontentares e aprisionamentos internos. As nuvens nunca se inteiraram de belo em pleno céu, nem ao menos as cores festejaram a infância da inocência e de muito mais foram o sufocamento, a ânsia por libertação e crescimento, a opacidade do destino e a vontade de correr e percorrer as fronteiras e companhias.
Parabolicamente,
desconectaram os sinais possíveis com o mundo, mas não ocorreu nenhuma perda de si próprio no deserto que ali jazia, os dedos sairam inteiros; as pernas também, essas um pouco tortas; a respiração continuou sendo a válvula de ar que se restringia às alergias; os fios de cabelos agora cresciam ininterruptamente como forma de revolução; a altura não cresceu; as sobrancelhas não quiseram se separar, e assim sempre hão de estar; as unhas não ficavam mais tão profundas, bulidas e ruídas como antes.
E a necessidade de explodir é quase que instantânea.
As lembranças foram expulsas dos neurônios e do pouco que restara, fora somente os não's e os medos, a desacompanhia e a energia sugada, as recordações de explicação. Por isso não houve como se multiplicar e ser as várias potências. Hoje tudo não é mais do que a corrida maltrapilha pelo chão empoeirado do passado, a resgatar o que tivera sido desviado.
Parabolicamente,
desconectaram os sinais possíveis com o mundo, mas não ocorreu nenhuma perda de si próprio no deserto que ali jazia, os dedos sairam inteiros; as pernas também, essas um pouco tortas; a respiração continuou sendo a válvula de ar que se restringia às alergias; os fios de cabelos agora cresciam ininterruptamente como forma de revolução; a altura não cresceu; as sobrancelhas não quiseram se separar, e assim sempre hão de estar; as unhas não ficavam mais tão profundas, bulidas e ruídas como antes.
E a necessidade de explodir é quase que instantânea.