Diante de mim

Posted by Fabrício Persa on 12 outubro, 2007
Marcadores: | 0 vertiginosos



Perceba-se diante de mim
Como alguém que tritura nozes
E espirra em tempos de alergia
Corta as unhas quando grandes
Retira as cutículas se necessário
Dança ao redor da música
Come farofa de ovo frito
E bebe o pingar do filtro
Nada além de mim.
Dos pés descalços e sorrisos

Num choque sem mais nem menos
Da simplicidade ao andar afoita
Comigo
À procura de se espalhar
Confundimo-nos.

E tudo se tornou de igual sutileza

Das mais belas rodas de samba
Gingados de nega e toques de tambor
É tudo tão completado com o pouco
Que este chega ser até demais
A ponto de sermos distribuidores
Da real e sensual qualidade
De tudo que se tens de ser
Diante de mim


- Fabrício Persan

Postar um comentário

Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!