Posted by Fabrício Persa on 17 outubro, 2007
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Pelo quintal acimentado
Vemos o céu por um buraco
E nada mais se torna
Do que nuvens escassas por cima de mim
E elas me seguem pelo corredor adentro
Articulando tempestades e furacões
Esbravejando num tilintar invisível
Gotas estranhas e incomuns de confunsão


Desanuviando a mente, o peito e os dedos
Dou de cara com a rua
Caminhando por um andar parado
Sem contestações
E piso em falso
E velho é o asfalto
E me contento de solidão
Esquece-se das tormentas
Das angústias e preucupações
Dos auês e alucinações
Realidades e paralisação


O céu é maior desta vez
Cresceu abruptamente sem se perceber
E as nuvens se derramam
Se subordinam aos meus sentimentos
E com todo poder
Refaço-me nas entranhas
E um rebuliço inquieto
Desnuda-me em selvagem transformação



Fabrício Persan

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!