A massa poética - mente

Posted by Fabrício Persa on 12 abril, 2009
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Tenho andado meio parnaso ultimamente
pontes, mares, amores, dessabores
juntados com outras palavras
fazem-se poesia de aguardente?

Presumo que poesia não é tão simplesmente
feita em cacos de átimos arrastados
Àquela poesia atemporal
hoje pelos dias lidas e declamadas
foram feitas por mãos, subjetivamente
tão aprumadas e vastas
quanto as suas transcorrentes iluminação
do interior ardente-cinematográficamente.

O resto é desabafo, rascunhos de pensamentos
rabiscos do sentir, tentativas de expressão
corrida contra a depressão, mas
Alego ao coração, a sua mais forte expressão
Que assim o seja sempre ativamente
pois, tudo quanto ao contrário a isto
é reprimir-se por entre fossas
de caminhos incorretamente.

Quem dera eu, leitor certa feita
obrigado de Augusto dos Anjos
Agora, tocaria na bela nomeação poesia
como o cuspe mais gritante
como a natureza mais valente
da condução ao timbre
de tambores ancestralmente
mudos-retumbante.

Não, meus caros...
tudo não é qualquer coisa
Poetizar o redundante lirismo
é catar no mínimo vocabulário
a flecha certa traduzente
da mais fugidia sensação e razão
que capture por entre o mundo
os signos secretos cautelosamente.

Sei que o mundo é aureolado
por poesia em suas entranhas
e isso é subjetividade nos elementos
Que à todos, a escrita seja constante
e as insignificâncias, transcritas
Será o poder do tempo que, ou as descartará
- mesmo não as sendo inúteis -
ou as elegerás, sorrateiramente.

Nem a minha tentativa rimada
obra do incômodo contínuo perturbável
faz da minha merda respeitável
Só sei que poesia gostosa merecida
é de todo um conjunto silábico
alta unicamente inclassificável
Sem decalcadores anunciantes de si
de falas demasiadas mente(s)-insuportável, chatas.


ps: Imagem fruto de um pedido em meio preguiçoso, fruto de conversas madruguentas. Aqui está a arte, que eu poderei ver e lembrar sempre que me for pedido pelo intocável.

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!