Idéia Fixa e outros murmúrios

Posted by Fabrício Persa on 05 abril, 2009
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boa tarde daqui praí, ou boa noite daí pra cá


Muitas sinceridades escondidas e maltrapilhas
devido a isso, viver em sociedade em companhia com os mais diversos olhares é sempre um fardo, nas costas explicitamente pesada, a cruz de cada em ser gente. Eu gostaria de não pensar na aceitação, nem nas interpretações e possibilidades, só queria fluir juntamente com a vida sem muitas estranhezas. O primeiro passo para isso talvez seja a confirmação do que realmente temos ou somos, afim de que ao continuar do caminhar não se tenha, nem curtas nem prolongadas, pertubações.

"uma noite longa, pra uma vida curta"
e a transcedência dos sentidos possibilita esse contato cada vez maior com a verdade das coisas. E mesmo que a essência de todos nós se espelhem - o caminho do bem - há tantas individualidades e vistas de um determinado ponto que a convergência, mesmo na diferença, é deveras dificultoso e meritista. Devido a isso, me chamam (próclise depois da vírgula sim! Vamos parar de pensar no português que não é nosso, o idioma consenso, é o brasileiro) de louco e chato, e por causa de todo o início deste parágrafo, tenho como hábito, o encanto pelas pessoas e por todos os mundos individuais que elas reinam para si. As relações, o agir e o escolher, fazem com que eu aprecie os espíritos na sua integridade, sem deturpações do meio; e as pessoas são os meus maiores motivos para a decepção e a gratidão.


São tantos os achares, mas uma coisa eu sei, acredite em você, mesmo que só você saiba daquilo que guardastes de bom em ti, não importa mais nada em ninguém, seja sincero, autêntico, não se reprime, busque sempre pela liberdade, e o exercicío da realização das vontades tem de estar em concordância com o respeito e a consciência. Não quero palavras que soem a moralismo e utopismos ufanistas, isso pra mim foge de todos os conceitos e crenças, só o é somente a integridade do existir, essa anunciação do amor.

Tá bom, sei que a música é a invasora constante nos meus dias, intrusa bem vinda pelo meu corpo e alma, sem exatidão pelas vidas afora do quanto me é e do quanto eu participo e me incluo em cada nota lançada na atmosfera. Na experiência única que tive na noite passada, eu senti a diluição do palco e o entrosamento pela simpatia, com algo que pairava no céu por mim nunca sentido e contemplado, não era chuva, nem chuvisco, nem neve, nem orvalho... era algo, mistério da natureza. E lá, eu só sentia o prazer de lá estar, com as pessoas que lá dançavam, com as desculpas agora consumadas, fruto talvez do meu desagradável receiar em incomodar ou ferir, mais além, o medo de não fazer com que tudo possua plenitude, ou seja, querer incompatível com meu estado humano ainda pertencente aos caos.

E durante todos os processos de pensamento que se consumaram na abertura sensorial, uma música em especial me incomodou, me fez refletir demais, e tomar decisões agora já desconstruídas. Preciso, num outro momento, escrever sobre o meu cabelo, sobre cabelo, belo, sobre as minhas teorias cabelísticas enfeitadoras do ser. E sobre esse momento, eu tenho a dizer que entendi as mensagens visuais que me chegaram, os pensamentos que se diluiram em água e por mim foram capturados. Percebi os olhares, aquietei-me, disfarcei (como todo mundo disfarça na incomodação) e a idéia se fixou. "risos... q vc é meio Idéia Fixa...risos". Deveras acho que sou... pq essa frase também não me sai da mente e nesse desdobrar, muitas outras idéias passageiras e acumuladas, se conectaram... e tudo isso me beneficiou, isso é o que importa.
Alguns planos se arquiquetam no destino.

eu pertenço à sua história ?
  1. As vezes parece mesmo impossível não ligar para as convivências externas e sermos, simplesmente, nós mesmos. transcender dói. é difícil mesmo...

    o que importa é que no fim das contas, vale mesmo a pena tudo isso.
    lindo o texto.
    mas agora tá mesmo devendo as suas "teorias cabelísticas enfeitadoras do ser" [!]
    rs...

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!