Sobre A CriaçãO

Posted by Fabrício Persa on 18 março, 2008
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Ela me atingiu em cheio, numa tarde de sacristia em que o querer era o meu maior cultuado. Não sei sobre o que comecei a escrever - ou devanear - no átimo da decodificação de algo que me importunava, sem nem ao menos eu ter notado isso alguma vez. Mas aí está o que eu não pude evitar:


Dentro de mim têm um poço.

Um poço de criações que fica na maioria das vezes inerte... E que por alguns segundos de desesperante necessidade, tem a terrível força de me fazer anota-las em papeis, em rabiscos nas agendas ou nos espaços cibernéticos da minha própria autoria.
A vida é uma criação... Criamos a ação pertinente para nos manter imortais como somos. E tudo isso nada mais é do que a dinamicidade da vida, seus círculos circuladores gingantescos, seus trânsitos neurôticos, suas ondas do mar, suas gargalhadas e desesperos. Tudo é a mais pura ação da criação, da materialidade dos pensamentos.

Eu crio a minha criação, vinda daqui ou dali, ou de qualquer outra parte que me possa transbordar de vontade.

Essa minha criação é abrupta e talvez incessante, um tanto agoniante entre meus dedos e meu teclado do computador, talvez conturbadamente cheias de verdade... Não sei se alguma coisa disso importa! O que importa é a criação, é sermos a nossa própria repetitiva criação dentre as bem-aventuranças que conjuramos sobre nós mesmos, sob o próprio poço, no qual ora estamos inseridos ora ele apenas vaga por dentro de nós.


Todo esse culto paramentado pode ter uma continuação posterior, alguma brecha que mais tarde deverá ser preenchida, corrompida, estrapolada.

Presumo que isso é muito provável e aqui estará caso o aconteça. :D

  1. tenho no console do carro um bloquinho de anotações...na bolsa uma folha dobrada vai sendo preenchida com uma imagem ou outra...mesmo assim alguns pensamentos acabam fugindo entre a passagem de um motoqueiro e outro.
    o blog é secreto...não posso deixar vestígios.
    mariah

  1. sumido amigo...vamos....vamos!
    nada de preguiça.
    mariah

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!