O nós do meu desdobrar

Posted by Fabrício Persa on 12 agosto, 2008
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As palavras mergulhadas em mim
Ou aquelas que conseguia expelir em páginas
Estavam viciadas na minha solidão acompanhadas das expectativas
Eram livros sobrepostos em estantes
Sentimentos empoeirados dentro de bibliotecas íntimas
Romances sonhados, construídos, desfeitos
Poesias enfileiradas na cabeceira do lugar q durmo
Nos rabiscos de cantos de folhas em cadernos
Numa velha rotina que a vida piadística desdenhava

Uma angústia de espera, de compartilhamento...

E um breve átimo de novidade esperada.
Mais !
Longos dias noturnos de descobertas recíprocas.

Bem não sei quais serão os caminhos desvendados
Os recém-surgidOs
Bem não sei do novo terreno
O qual tateio, piso com cautela, observo com explendor
Bem não sei daquele novo e presente sentir
Daquele abstrato para as abordagens da verdadeira existência
De cores unidas em rumo do único sentindo da combinação
Da coloração conjunta de mundos próprios e encontrados
São possibilidades novas.

Do controle mental:
Não há mais controle!
Pensamentos que me frequentam pelos instantes simultâneos
Pensares prolongados de um só rosto, de uma só voz, de um só corpo
O coração comandando a grande massa cerebral
Agindo por todas as sinapses, perpassando por todos os comandos físicos e mentais.

Eu me desapego da incompletude.
Desfaço-me e me reconstruo
Entre silêncios internos, som de ventania, árvores em seu balançar
e músicas possuídas dos ares românticos
Enfeitando meu coração bobo
Minha platonice derradeira
Abobalhando-me pelos mimos e carícias doadas
sob cobertores
chuveiros
abraços.

Aquilo que se escreve no instante já
São finalizados por reticências de pólos positivos
Em futuros furtivos de eternidade
Nada do que é meu
Agora me possui, somente.
Quando citares o meu nome
Terão que me desdobrar em dois
Dois que se encaixam e tornam-se nós.
Nós, do pronome pessoal da terceira pessoa do singular


Nós
Da unidade das cores
Dos sentires guardados em estantes
Dos longos dias noturnos

Eu
Do pronome pessoal da primeira pessoa do "momento" singular "apaixonante.
  1. Sem palavras...
    simplesmente PERFEITO!

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!