Samba Torto

Posted by Fabrício Persa on 15 outubro, 2010
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Levantou a cabeça e ainda assim não enxergou
Revirou os olhos, mirou na direção errada
Não olhou enquanto foi visto
Este é o ar da idiotia tripla zarolha
Onde os olhos fingem não captar o desejo

Era pra se ser da maneira inventada,
Seguiu o rumo da cegueira e perdeu o foco
Fez-se prequiça, desonra e desilusão
O único erro é a imaginação
Ter trato com os pensamentos ajuda a não despencar

O fato não consumado, culminou na solitude
Música brega para a fossa futucada
O mal é a desatenção para o futuro
A flecha que escapa, em traço nítido
para o coração estrábico
Leve-me no seu desconhecer e sinta o peito
Nessa hora já serei outro
O do tempo do esquecimento.


*pintura: Apollinaire, Marc Chagal

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!