dos prantos noturnos

Posted by Fabrício Persa on 07 maio, 2009
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O meu medo me humaniza
transparece o quanto de horror
por aqui, nas veredas de dentro
ainda faz a tristeza persuadir
o frágil amor-próprio que
tenta, pela força que lhe foi atribuída
sobreviver nas pancadas de
esquecimento da minha machucação

Estou aqui entre desconhecidos
deles para mim, pois poucos
deram um quarto de passo
ao descobrimento das potencialidades
que penteiam o meu ser
e me arrumam para a arte
Enferniza-me o irreconhecimento da voz
A música que me entranha a alma d'água

Tudo calma, pois o futuro é o espirro
chega inesperado, revelador
Agora, eu me sinto tão ingênuo e
criança, que temo a mordaz vida
Sinto o desencaixe e choro ao telefone
ao beliscar da data da mãe
Cadê ela que sempre separou meus
choros e jogo-os fora fedidos?

Aponto o dedo com lágrimas e saudade
Quero ela, a amada a-mãe-te
Preciso da sua segurança que já
sentiu as arguras e por elas continua
vívida. Destrói minhas dores, mãe
Pega-me tu nos seus abraços e cheiros
Consola minha andança em mastros e
Revigora-me os músculos para as porradas

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Senhores, sou um poeta, um multipétalo, uivo, um defeito.
Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão.
Oh! Sub-alimentados do sonho...
A poesia.. é para Comer !!